Você conhece Avestruz?
É um animal de pernas enormes e cabeça pequena. Quando ele cisca, dependendo da posição do observador, se tem a impressão de que está enfiando a cabeça na terra. Com o tempo, nós seres humanos difundimos uma teoria a respeito do porquê do avestruz fazer tal coisa, justificando que tinha o objetivo de esconder-se dos perigos.
No entanto, a verdade é bem diferente.
O avestruz, além de excelente vantagem predatória, ele sente melhor a aproximação de outros animais através da propagação sonora no chão.
Bom, onde eu quero chegar com isso?
Existe uma tendência humana de ignorar informações potencialmente ruins, a fim de evitar o desconforto psicológico decorrente.
Essa tendência é conhecida como Efeito Avestruz.
Esse viés explica o comportamento de quem não gosta de checar a fatura do cartão de crédito, por saber que exagerou nas compras, por exemplo.
Deixar de acompanhar os próprios investimentos quando estão com desempenho ruim ou até postergar a abertura de notificações de contas em atraso.
Cabe notar que o mais comum não é a pessoa se negar deliberadamente a enfrentar o problema, muitas vezes se trata de algo inconsciente.
Outro exemplo desse comportamento é abandonar de imediato uma notícia ruim, sem checar ou buscar informação adicional, prejudicando a qualidade da sua tomada de decisão.
Esse tipo de comportamento pode levar a situações de risco, como a perda de controle sobre as próprias finanças ou a prejuízos consideráveis nos investimentos.
Ao se recusar a encarar os problemas, normalmente acontece um efeito de bola de neve, em que os prejuízos se acumulam e as dificuldades se tornam mais difíceis de serem solucionadas, principalmente tendo em vista o efeito dos juros compostos.
O que fazer para evitar o Efeito Avestruz?
• Esteja atento às notícias relevantes, buscando se manter
em alerta para as possíveis consequências – positivas e negativas – que elas possam ter em sua vida financeira, o que vai permitir um ajuste melhor aos novos cenários;
• Caso exagere demais no consumo em um mês ou se endivide, reveja, o mais rápido possível, algum gasto que possa ser reduzido ou cortado para compensar o valor extra despendido;
• Se estourar a fatura do cartão de crédito ou entrar no cheque especial, defina como prioridade máxima resolver tal situação, afim de reequilibrar logo suas finanças;
• Caso não consiga poupar a quantia estabelecida em um determinado mês, tente poupar o que conseguir e ir recompondo aos poucos suas aplicações; e
• Faça o acompanhamento regular do seu orçamento. Pode parecer chato no começo, porém, muito mais chato é não ter o controle da sua vida financeira.