Dias Ruins Virão

Imprevistos acontecem. E é preciso estar preparado para encará-los.

Problema de saúde na família, falha mecânica do carro e encanamento que estoura são alguns exemplos de situações que demandam solução imediata.

O uso do crédito rotativo do cheque especial ou do cartão não são alternativas viáveis, embora seja a saída que vem sendo utilizada por milhões de brasileiros. Os juros elevados ampliam ainda mais o problema, pois deixam a solução mais distante.

Segundo uma pesquisa da The Money Magazine, 78% das pessoas passarão por um episódio imprevisível de grande prejuízo financeiro em um dado período de 10 anos.

E é exatamente para esses dias ruins que temos a Reserva de Emergência.

Uma Reserva de Emergência é um montante separado exclusivamente para que você possa cobrir gastos de emergência, que não estejam previstos no seu orçamento.
Ela serve para lhe auxiliar na reorganização da sua vida, caso alguma coisa errada aconteça.

Ela é muito usada, principalmente, em casos de:

  • Perda de emprego;
  • Emergências médicas;
  • Reparos da casa e do carro;
  • Dificuldades no negócio próprio;

Dimensionar o montante desse reserva é desafiador, uma vez que depende muito da estrutura familiar, do orçamento da família e do padrão de vida que se deseja manter. O conceito é que a reserva financeira seja suficiente para prover as despesas, no mínimo as necessárias, em um cenário de renda cessante.

Eu acredito que o valor deve variar entre três e doze meses das despesas correntes do indivíduo ou grupo familiar. Por exemplo, se as despesas mensais da família somam R$ 3.000,00, o valor do fundo de emergência deverá ser entre R$ 9.000,00 e R$ 36.000,00.

Os que ainda não têm essa reserva e acham impossível guardar tanto dinheiro podem começar com menos, com o que for possível.

Acumular essa reserva exige tempo e perseverança, mas é o primeiro passo para garantir a segurança e o bem-estar em períodos difíceis.

É muito importante ressaltar que nem toda despesa que surja repentinamente é uma emergência, por mais que às vezes pareça.

Jamais gaste sua reserva em viagens, presentes e aumento no padrão de consumo.

Só use-a depois de responder três importantes perguntas, quando se deparar com uma despesa inesperada:

  • É, de fato, uma despesa inesperada?
  • É uma despesa necessária?
  • É uma despesa urgente?

Quanto mais vezes você responder “sim”, mais provável se torna a chance desta despesa ser, realmente, uma emergência financeira.

Onde devo investir minha Reserva de Emergência?

Pouco adianta você constituir sua reserva, se ela for mal investida.

Tanto durante, quanto depois da sua tarefa de juntar dinheiro, você precisa investir corretamente a sua reserva financeira.

Como você não sabe quando precisará acessar o dinheiro dessa reserva, é imprescindível que ela esteja investida em veículos com liquidez diária, como, por exemplo, títulos públicos.

Isso é: em algum lugar em que você possa resgatar com facilidade.
Também é imprescindível que ela esteja investida em ativos seguros, onde você tenha certeza de que quando precisar, seu dinheiro estará lá.

Se você encontrar um veículo que respeite esses dois critérios já comentados, aí sim você se preocupará com a rentabilidade.

Quanto mais sua reserva render, melhor.

Em resumo, ter uma reserva de emergência é como pagar um seguro. Você tem esse dinheiro para se preparar em caso de necessidade. Mas isso não significa que você queira de fato usar esse recurso. 

Por isso, é muito importante planejar e colocar em prática a sua reserva financeira para garantir sua segurança. Isso requer disciplina e planejamento.